sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Mercado português de hosting precisa de menos fragmentação e mais exportação


O actual mercado de serviços de registo de domínios e alojamento de sites em Portugal tem um nível de maturidade bastante elevado, no que respeita ao tipo de serviços oferecidos pelos prestadores. No entanto ainda está muito fragmentado.

O actual mercado de serviços de registo de domínios e alojamento de sites em Portugal tem um nível de maturidade bastante elevado, no que respeita ao tipo de serviços oferecidos pelos prestadores. No entanto ainda está muito fragmentado.
Tal facto, associado à dimensão do país, acarreta um problema de escala e eficiência, ainda por resolver, alerta António Miguel Ferreira, responsável pela Comissão de Hosting da ACEPI, criada com a integração da APREGI - Associação de Prestadores de Registos de Domínios e alojamento.
O problema tem sido compensado pela redução das margens com que actuam os prestadores, “inferiores às praticadas em outros países, para garantir um nível de preço final semelhante”, acrescenta.
O desafio actual passará por diminuir o nível de fragmentação, através da fusão/integração/associação de fornecedores, para ganharem escala e mais meios para competirem de modo a prestarem serviços a partir de Portugal, em mercados externos, com maior escala.
“A falta de escala é um problema da economia portuguesa em geral, mas afecta particularmente este mercado. Por outro lado, a ACEPI também tem um papel a desempenhar na comunicação e divulgação deste mercado, tendo já incorporado esta área de actividade no seu eShow, em 2013”.
Tendências generalizadas
Não é apenas o mercado português que acusa excesso de fragmentação. O problema é global e a tendência vai igualmente no sentido da diminuição dessa fragmentação.
"De centenas ou milhares de prestadores de serviços, passaremos para um número mais reduzido de grandes fornecedores, durante os próximos anos, sempre com espaço para empresas locais especializadas em determinado nicho de mercado”, aponta António Miguel Ferreira.
A identidade online, seja do ponto de vista do perfil pessoal de cada um nas redes sociais, seja do ponto de vista do endereço de email, do domínio, do siteblog, etc., será também um conceito cada vez mais apreendido pelas pessoas e pelas empresas, considera o responsável.
Tratando-se de um tema crítico, “que define a própria existência das pessoas e empresas e a forma como se relacionam”, fará com que esta área tenha um crescimento ainda acentuado, sem abrandamento nos próximos anos.
“A nossa existência, de uma forma geral, passará a ser definida em grande medida por aquilo que está online. E o mercado do hosting em geral (onde a cloud se insere) é o onde o onlineassenta”.
Comércio electrónico "alojado"
Na análise feita ao sector do comércio electrónico, António Miguel Ferreira acha que o mercado tem de evoluir e fazer com que os integradores/consultores mais pequenos se relacionem com os prestadores de serviços de domínios e alojamento.
A nível da certificação de lojas online, “onde a ACEPI tem um papel preponderante com o seu Selo de Confiança Online”, o responsável pela Comissão de Hosting da ACEPI acha que já estão a ser dados passos para incorporar novos elementos que tenham em conta a temática dos domínios e alojamento, de forma a garantir, em primeiro lugar, mais segurança à loja online e, em segundo, aos seus clientes finais.
“Estas duas tendências permitirão que o mercado continue a crescer e a amadurecer, tornando a indústria nesta área mais sólida”.

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